quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Cum sis mortalis, quae sint mortalia cura - "Como és mortal, cuida de coisas mortais" - Dionísio

Toda vez que vou a Jaú, pergunto a meu pai como andam política e a administração municipais (eis minha main source) , e a resposta dele sempre se restringe a coisas que eu já conheço de longa data, mas o que mais me irrita , e a ele também, haja vista sua posição de funcionário (comissionado), é o pedatismo de alguns secretários municipais, estes se acreditam ser experts, estadistas, onipotentes, onipresentes e todo tipo de "ente" ou "ista" que possa exsitir.

Recentemente um destes secretários, por razões desconhecidas, providenciou à retirada de uma ajudante de limpeza do Velório Municipal. Sabem o que aconteceu? Pandemônio, justamente.
Os funcionários da administração foram obrigados limpar os banheiros, salões e corredores do velório , além de terem que manter suas funções adminitrativas.

O secretário responsável por essa "boa idéia" e de "visão de grupo", só retornou a funcionária a seu antigo posto depois que o Administrador do Velório decidiu entregar a sua carta de afastamento ao Prefeito, porém este, que não é bobo nem nada, não quis perder um de seus mais honestos e dedicados companheiros de partido e de administração, e fez o mencionado secretário retornar na sua mui sábia decisão.

Ora, não é de hoje que secretários de pequenas e médias cidades fazem lambaça na administração pública, mas jogar contra seu próprio "time" e criar inimizades e deconfianças já é ir longe demais, é praticamente traição, ato mais vil e baixo pra qualquer homem que tenha cojones.


Abraços

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

V ereança Disritimada

Há algum tempo, não sei quanto ao certo, fui assistir a uma sessão da Câmara do Vereadores de nossa amada municipalidade, pensando que veria o império da sensatez, com projetos intressantes, leis de forte apelo social e vereadores imbuídos de conhecimento acerca do poder parlamentar.

Dei com os burros n'água, digo mais, vi o projeto de lei mais atentatório as regras da boa hermenêutica, nem os idealizadores das Escola do Direito Livre, que por essência e como próprio nome diz, postulava por uma interpretação mais livre do Direito , agindo, até mesmo, contra legem.

Bom, mas voltando àquela aprazível noite de segunda-feira, o projeto versava sobre uma bolsa-contribuição-ajuda-blá-blá-blá para o desportista, diga-se de passagem que o projeto foi único lampejo de boa aventurança naquele dia, mas era dúbio, não deixava claro quem receberia a bolsa, em que termos, por quanto tempo e nem deixava claro se era um bolsa-integral ou se era uma simples ajuda de custo, e nem se haveria alguma contraprestração para o munícipio.

Em suma, não dava parâmetros claros para a sua efetividade, fazendo, assim, com que qualquer aproveitador possa tirar vantagem do erário municipal, e um dia, como é comum neste mundo capitalista, "picar a mula da cidade " sem deixar sequer um niquel do que irá ganhar se galgar um lugar de destaque no esporte.

Perderá a cidade, mas tudo poderia ser evitado se os nobres membros da vereança de nossa terra roxa tivessem o minímo de conhecimento da realidade sócio-ecônomico-cultural de nosso povo e de lições básicas de direito e interpretação hermenêutica.

Só deixo claro uma coisa, não votei no dito vereador.

Abraços.